terça-feira, 23 de junho de 2009

trabalho de espanhol


Nome:Rafael Vinicius Alves da Silva :[N11]
Turma : FinançasProf. : Luís neto
Escola : E.E.F.M. GOV. LUIZ DE GONZAGA MOTA



cultura espanhola


Brasão Oficial do Reino de Españacultura espanholaA Cultura Espanha é provavelmente mais conhecida pelas touradas e pelo flamenco, mas conta também com pintores de fama mundial como são os casos de Salvador Dalí e de Pablo Picasso entre outros.Outros dos pintores mais conhecidos são : Goya que viveu entre (1746-1828) e Velásquez (1599-1660), cujas obras podem ser admiradas no Museu do Prado, em Madrid. As obras mais importantes de Velásquez são " Las Meninas e "La Rendición de Breda".Espanha tem também alguns compositores conhecidos mundialmente, nesse estão conhecidos cantores de ópera. Os compositores espanhóis de fama mundial incluem nomes como Enrique Granados, Isaac Albéniz, Manuel de Falla e Joaquín Rodrigo. Todos já ouvimos falar de Placido Domingo - o artista de ópera mais famoso de Espanha - assim como de José Carreras e de Montserrat Caballé.As belas músicas e a danças flamencas surgiram no Sul de Espanha, mais precisamente na Andaluzia. Os ciganos enraizaram-se aqui, tendo desenvolvido a sua cultura em Espanha. Atualmente, a maioria das miúdas espanholas aprende a dançar sevillanas, uma das danças mais folclóricas.O toureio ou a corrida de touros têm uma enorme importância na cultura espanhola. Foi no século XVIII que se tornou popular.
Música
Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicosmais cinhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.O flamenco é uma emocionante mistura de dança, música e interpretação. Embora seja considerada parte da cultura espanhola, principalmente da região de Andaluzia, esse estilo musical tem fortes raízes ciganas e também árabes.Originalmente o flamenco surgiu somente em forma de canto, sem nenhum tipo de acompanhamento. Seus intérpretes colocavam a alma em cena. Logo, surgiram as guitarras, o “cajón”, as castanholas,as palmas e também o sapateado que complementaram o cenário dessa bonita tradição. A guitarra flamenca tradicional é feita de uma madeira especial que a converte em mais leve e produz um som mais agudo.Atualmente contamos com o flamenco jondo, que é a forma mais tradicional do flamenco, o flamenco clássico que utiliza acompanhamentos como a guitarra, a dança e o flamenco contemporâneo que mistura os dois anteriores e somam ao jazz.Assistir a uma apresentação de flamenco é emocionar-se. A forma com que os artistas se envolvem nessa atmosfera de música tradicional e dança unidos à interpretação saída da alma é indescritível.




Cantores
Uxia Senlle- Uma das mais belas vozes femininas da Espanha, a cantora galega Uxia Senlle se apresentou no Teatro Municipal de Niterói e no Teatro da UFF, com casa lotada. Acompanhada do pianista Paulo Borges, Uxia trouxe um repertório com composições próprias, fados e homenagens a amigos músicos, além de um poema de Luis de Camões. A obra da cantora de voz doce e suave, mas de presença marcante no palco, tem como base expressões musicais populares, sobretudo galegas.Jabier Muguruza– O cantor e acordeonista Jabier Muguruza, que se apresentou na quarta e quinta-feiras passadas no Teatro Municipal, animou a platéia com o som que une jazz à música tradicional da região do País Basco, num ritmo suave, lembrando a música popular brasileira. Bastante entusiasmado com a receptividade do público, o músico, que participa de vários projetos músico-literários, conversou muito com a platéia explicando a história de cada música que apresentava, sempre com bom humor e recebendo muitos aplausos.Cuco pérez - “Nossas músicas são para dançar, não para ficar parado”. Foi assim que o arcodeonista Cuco Pérez convidou a platéia do Teatro da UFF e da Cantareira a participar do show, que realmente contagiou a platéia. O músico estava felicíssimo por estar no Brasil. “É um país muito querido”, disse ele. “Nossa expectativa para esta apresentação em Niterói era muito grande, e estamos muito contentes em estar nesta cidade. Este evento é uma forma muito importante de mostrar nossas raízes”, disse Cuco Pérez.Ortophonk- A Estação Cantareira se transformou numa verdadeira discoteca, na terça-feira, durante a apresentação do Ortophonk. O grupo mistura instrumentos tradicionais a samplers e pratos, misturando funk e jazz. A empolgação não ficou apenas com a platéia. Os integrantes também se surpreenderam com a receptividade do público. “Todos aqui são muito calorosos. Estamos encantados com a cidade”, disseram coro os integrantes. José Luiz Gutiérrez - Um dos maiores nomes do jazz contemporâneo da Península Ibérica, José Luiz Gutiérrez se apresentou no Teatro Municipal e na Estação Cantareira, acompanhado dos músicos Luiz Alberto Rodriguez Legido, Antonio Manorel Perez Bravo e Iñigo Azurmendi Muñoa. Além de jazz, o saxofonista, que nasceu na região de Castilha y Leon, fez incursões na música tradicional espanhola, no blues e na música clássica. Sua apresentação no Teatro Municipal contou com participação especial do músico niteroiense Marcelo Martins.
Festas /Feriados·
JaneiroFestival Internacional de Música das Ilhas Canárias (La Palma e Tenerife.)Temporada de Ópera (Bilbao, Teatro Coliseo)Festival de Vídeo (Vigo, Galiza)FevereiroFestival de Música Antiga (Sevilha, Andaluzia)Pasarela Cibeles (Festival da Moda em Madrid)Carnaval (em toda España)Arco (Feira Internacional de Arte, Madrid)· MarçoSemana de Música Sacra (em Cuenca)Las Fallas (Inicio das touradas, Valência)Rali Internacional de Carros Antigos (Barcelona)· AbrilFeria Nacional del Queso (Semana do Quejo Espanhol, Cáceres)Mouros e Cristãos (Comemoração da vitória dos cristãos sobre os mouros, Alcoi)· MaioFiesta de San Isidro (8-15 de maio, em Madrid). São as grandes festas da tourada, na praça de touros "Las Ventas".Feria del Caballo (Feira do Cavalo, Jerez de la Frontera)Concurso Nacional de Flamenco (a cada três anos, Córdoba)· JunhoCopa del Rey (Final do Campeonato de Futebol)Festival Internacional de Música e Dança (Granada)Festival de Artes Gregas (Barcelona)· JulhoFestival da Sidra (Nava, Astúrias)Festival Internacional de Santander (música, dança e teatro)Festival Folclórico dos Pirineus (Jaca, Aragón)Festival Internacional de Jazz (País Vasco)Festival de Teatro Clássico (Mérida)Festival de Guitarra (Córdoba)· AgostoDescida do Rio Sella (Corrida em caiaques, Astúrias)· SetembroVuelta Ciclista a España (Corrida de Bicicleta)Festival de Otoño de Madrid (Teatro, música e dança)Festival de Cinema de San Sebastián (País Vasco)Bienal de Arte Flamenco (Sevilha)Festa Internacional do Folclore (Ronda, Málaga)· OutubroFestival do Açafrão (Toledo)· NovembroLos Magostos (Colheita da castanha em Sevilha)Festival Latino-Americano de Cinema (Huelva)· DezembroEl Gordo (maior prêmio da Loteria espanhola)Noche Buena (Dia 24 véspera do Natal)Noche Vieja (Dia 31 na Porta do Sol em Madrid)
Folclore As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas, acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em assimilar novos costumes. As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida pela centralização do governo.Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que trazem consigo algum espírito de renovação. A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico, tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo reformas econômicas e sociais.No entanto, os costumes tradicionais - alguns de grande beleza - persistem. A Festa é um dos principais traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades. Elas ocorrem em dias santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de fogos de artifício e touradas. As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão. Uma das mais conhecidas é a del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva. A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas, principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a famosa procissão de semana santa, que dura vários dias. Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos; em Pamplona há uma festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se em "toreadores". A tourada, aliás, é o espetáculo nacional por excelência.
Museus
A Casa Museu Gaudí, a morada do brilhantearquitecto,é apenas uma parte dos edifíciosmodernistas que os visitantes podem ver nomágico e fascinante Parc Güell, uma obra-primauniversal que inclui obras do próprio Gaudí e dosseus principais colaboradores.· fundação AntoniTápiesCriada por Antoni Tàpies em 1984 como uma instituição dedicada ao estudo da arte contemporânea, a sua biblioteca tornou-se uma das mais importantes do mundo na sua especialidade.A Fundació Antoni Tàpies está instalada no edifício onde funcionou a prestigiada Editorial Muntaner i Simón, desenhado pelo grande arquitecto modernista Lluís Domènech i Montaner, em 1880; o edifício é coroado por uma escultura vanguardista da autoria do próprio Tàpies.A fundação possui uma grande colecção de desenhos, pinturas,esculturas e gravuras produzidos por Tàpies, e organiza interessantes exposições temporárias.
Touradas
O espetáculo da-se numa Plaza de Toros (Praça de Touros). Na Arena. Algo parecido a um ginásio esportivo, porém com outras características. Neste lugar, as pessoas se sentam em arquibancadas (Tendidos) para assistirem a tourada (Corrida). Em todas as corridas o toro sai sacrificado.Inicia-se com a solta do touro na arena, onde se dará a primeira das três fases da corrida, que são chamadas de (tercios). Na primeira etapa, denominada de (tercio de varas), o matador enfrenta o touro com uma capa vermelha, o qual é ajudado pelos (peones) seus assistentes, os quais buscam levar o touro para ser perfurado pelo picador (cavaleiro com lança), este monta um cavalo todo protegido contra as centenas de chifradas que o touro manifesta. Assim que o picador dá as suas estocadas no touro, enfraquecendo os seus músculos, inicia-se a segunda etapa, o (tercio de banderillas). Onde os banderilleros enfiam as banderillas (dardos afiados) nas costas do touro provocando ainda mais o touro e debilitando este também. As fotos acima mostram um touro com banderillas nas costas. A terceira e última etapa (tercio de muleta), o toureiro faz o espetáculo ficar bem bonito, com os gritos da platéia de olé-olé, ele usa a muleta (capa) fazendo passes para que o touro fique cada vez mais cansado, e tira os suspiros da torcida. As vezes, os toureiros perdem a vida neste tão perigoso tercio. Como foi o caso de Manolete, um dos maiores matadores que já existiu. Morreu em 1947 ferido pelo touro Islero em Linares, Jaén. E tantos outros toureiros. Enfim, depois de tantos passes, gritos de olé, o matador se prepara para dar a estocada final. Com um movimento da muleta e a aproximação do touro, este enfia toda a sua espada fazendo o touro cair. É o final do espetáculo. Caso o touro não chegue a morrer com essa estocada. Rapidamente ele é sacrificado, para não ocorrer o sofrimento do animal. Com o termino da festa, vem uma carroça, com cavalos todos enfeitados e faz o arrastre de toros (tiram o touro morto da arena).A Fiesta de San Isidro (8-15 de maio, em Madrid). São as grandes festas da tourada, na praça de touros "Las Ventas".
· Pintores
Osmaiores e principais pintores espanhóis durante o belo Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do século XIX.O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas, magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis modernos encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.· Figura antiga Fritando OvosObra Prima do Dia (Semana de Velásquez)· Comidas e bebidasA comida espanhola tem uma boa recomendação no mundo todo. As mais saborosas sãos as tapas, a Paella, gazpacho (uma sopa gelada feita de pão, alho, tomates, pepinos e pimentões), chorizo (lingüiça, temperada com alho e páprica), guisado, sopas, feijões, frutos do mar e as carnes entre outros.Na Espanha existem muitas bebidas típicas como a sangria, o ponche, montilla, licores Calisay e Cuarenta e três.Uma das bebidas mais tradicionais na Espanha é a Sangria,que é feita com frutas e vinho tinto .

segunda-feira, 22 de junho de 2009

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA - 1

A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.

A incidência de gravidez na adolescência está crescendo e, nos EUA, onde existem boas estatísticas, vê-se que de 1975 a 1989 a porcentagem dos nascimentos de adolescentes grávidas e solteiras aumentou 74,4%. Em 1990, os partos de mães adolescentes representaram 12,5% de todos os nascimentos no país. Lidando com esses números, estima-se que aos 20 anos, 40% das mulheres brancas e 64% de mulheres negras terão experimentado ao menos 1 gravidez nos EUA .

No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (Referência). A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.

A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de 1996, mostrou um dado alarmante; 14% das adolescentes já tinhas pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas grávidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.

Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP, quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores considerem a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual.

Ainda segundo essas autoras, o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam à essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Trabalho de Fisica

A Descoberta dos Raios X A Descoberta da RadioatividadeO Ano Miraculoso de Albert EinsteinA História do Modelo de BohrDualidade Partícula-OndaOs Dez mais Belos Experimentos da Física

Os Dez Mais Belos Experimentos da Física

A edição de setembro/2002 da revista Physics World apresenta o resultado de uma enquete realizada entre seus leitores sobre o mais belo experimento da física. Nas páginas seguintes, os dez mais votados serão descritos nos contextos teóricos em que se inserem.

Experimento da dupla fenda de Young

O primeiro e o quinto experimentos representam diferentes circunstâncias de um mesmo tipo de experimento, isto é, do experimento da dupla fenda de Young. Sir Isaac Newton (1642-1727) defendia a hipótese de que a luz era constituída de corpúsculos. Os principais fenômenos óticos (reflexão e refração) podiam ser explicados com o uso da teoria corpuscular. Este modelo era combatido por Christiaan Huygens (1629-1695), que defendia a teoria ondulatória. No entanto, a autoridade científica de Newton fez prevalecer sua teoria por mais de um século. Por volta de 1801, uma bela experiência realizada por Thomas Young (1773-1829) resolveu a questão favoravelmente a Huygens. A experiência de Young provou que a luz era uma onda, porque os fenômenos da difração e da interferência, por ele descobertos, eram características exclusivamente ondulatórias. Veremos mais adiante, que a dualidade partícula-onda, proposta por de Broglie, sugeriu a possibilidade de ocorrência desses fenômenos para o caso de partículas.



A minha forma preferida de visualizar o comportamento ondulatório é através de ondas geradas numa cuba de ondas, um dispositivo bastante usado nos laboratórios universitários e em alguns colégios. Ondas circulares são geradas quando a ponta de um bastão toca na água em iguais intervalos de tempo, conforme ilustra a figura ao lado. O detetor pode ser uma rolha de cortiça. A intensidade da onda, ou a energia transferida pela onda, é proporcional à altura alcançada pela rolha. A figura mostra um arranjo com duas fendas. Vejamos o que acontece se a fenda inferior for fechada. cuba de ondas
A distribuição de energia que chega no anteparo é dada pela curva vermelha. O formato desta curva varia conforme a largura da fenda, e o comprimento de onda (separação entre os círculos da figura). Se a largura diminuir, a onda "se espalha" ao passar pela fenda. É como se uma nova onda circular fosse "criada" na fenda. ondas de água - fenda superior
Fechando a fenda superior e abrindo a inferior, a distribuição de energia mantém seu formato, mas desloca-se para a posição em frente à fenda inferior. Vejamos o que acontece quando as duas fendas permanecem abertas. ondas de água - fenda inferior
As curvas tracejadas (verde e vermelha) representam os resultados anteriores, enquanto a curva contínua (azul) representa o que se observa. Esta curva não apresenta uma relação simples com as anteriores. Por exemplo, não é simplesmente a soma nem a subtração das curvas anteriores. Diferentemente das curvas anteriores, esta curva obtida com as duas fendas abertas apresenta vários pontos onde a intensidade é nula. Entre estes pontos, a intensidade apresenta valores diferentes. Este foi o surpreendente resultado obtido por Young, quando ele fez este tipo de experiência usando a luz. O fenômeno responsável pelo resultado é denominado interferência, e a curva é usualmente denominada padrão de interferência.

Vejamos o que aconteceria com uma experiência similar realizada com partículas.

ondas de água - ambas as fendas
Podemos usar balas atiradas contra fendas feitas num anteparo impenetrável. Isto é, as balas só ultrapassam o anteparo através das fendas. O detetor pode ser uma lata com areia. O experimento é realizado assim: o detetor é colocado em determinada posição enquanto a espingarda fica disparando. Ao final de determinado intervalo de tempo, conta-se o número de balas coletadas pelo detetor. A distribuição de balas atingindo diferentes posições é obtida pela repetição desse procedimento, com o detetor sendo colocado nas diversas posições. partículas
Com a fenda inferior bloqueada, a distribuição de balas atingindo o anteparo tem o formato da figura ao lado, centralizada no ponto em frente à fenda superior. partículas - fenda superior
Com a fenda superior bloqueada, a distribuição tem o mesmo formato da anterior, mas passa a ser centralizada no ponto em frente à fenda inferior. partículas - fenda inferior
Com ambas as fendas abertas, a distribuição é a soma das anteriores. Veja que este resultado é completamente diferente daqueles obtidos com ondas de água ou com luz. Isto é, as partículas não apresentam os fenômenos de difração e interferência. Portanto, como se trata de fenômeno exclusivamente ondulatório, Young concluiu que a luz é uma onda (conforme o modelo de Huygens) e não um conjunto de corpúsculos, conforme o modelo de Newton. partículas - ambas as fendas

Em 1905, para explicar o efeito fotoelétrico Einstein usou uma idéia similar a de Newton, segundo a qual, ao invés de pensarmos na luz como uma onda, deveríamos imaginá-la constituída de corpúsculos, denominados fótons. Com o sucesso da explicação do efeito fotoelétrico, ficou provado que a luz tem um caráter dualístico. Dependendo das circunstâncias, poderia ser vista como onda (apresentando, p.ex. o fenômeno da interferência e da difração), ou como partícula (apresentando o efeito fotoelétrico).

Completando o ciclo da dualidade partícula-onda, Louis de Broglie sugeriu o contrário, isto é, que uma partícula poderia apresentar comportamento ondulatório. De modo análogo ao caso da luz, o caráter ondulatório de uma partícula deveria ser comprovada através de uma experiência de difração ou interferência. O trabalho de de Broglie foi publicado em 1923, e já em 1927, Davisson e Germer realizaram uma experiência na qual se observava a difração de um feixe de elétrons através de um cristal de níquel. Embora esta tenha sido a primeira experiência comprovando o caráter ondulatório de uma partícula, ela não é uma experiência do tipo dupla fenda como a que Young realizou com a luz. Este tipo de experiência só foi realizada com elétrons em 1961, por Claus Jönsson.

Créditos e agradecimentos

Agradecemos ao Dr. David M. Harrison, do Departamento de Física da Univ. de Toronto, a autorização para usar as ilustrações do seu excelente site The Feynman Double Slit.


Bibliografia

  1. BASSALO, J.M.F. Crônicas da Física. Belém: Gráfica e Editora Universitária (1987).
  2. BEISER, A. Modern Physics: an introductory survey. London: Addison-Wesley (1968).
  3. d’ABRO, A. The rise of the new physics. New York: Dover (1951).
  4. DE BROGLIE, L. La physique nouvelle et les quanta. Paris: Flamarion (1937), cap. VIII.
  5. FEYNMAN, R.P., LEIGHTON, R.B., SANDS, M. The Feynman lectures on physics. Addison-Wesley (1969).
  6. FUCHS, W.R. Física Moderna. São Paulo: Editora Polígono (1972).
  7. HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física, v. 4. Ótica e Física Moderna. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (1991).
  8. JÖNSSON, C. Electron diffraction at multiple slits. American Journal of Physics 42 (1974) 4-11.
  9. SEGRÈ, E. From X-Rays to Quarks. New York: W.H. Freeman and Company (1980).
  10. TIPLER, P.A. Física Moderna. Rio de Janeiro: Guanabara Dois (1981)
  11. TONOMURA, A., ENDO, J., MATSUDA, T., KAWASAKI, T. Demonstration of single-electron buildup of an interference pattern, American Journal of Physics 57 (1989) 117-120.
  12. ZELLINGER, A., GÄHLER, R. SHULL, C.G., TREIMER, W. MAMPE, W. Single- and double-slit diffraction of neutrons. Reviews of Modern Physics 60 (1988) 1067-1073.

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Experimentos de Galileu

O segundo experimento mais belo da física teria sido realizado por Galileu na torre de Pisa. Embora, de acordo com o historiador Alexandre Koyré, isso não passa de uma lenda, é interessante discutir o que pretendia Galileu com este tipo de experiência. O principal objetivo de Galileu era combater a hipótese de Aristóteles, segundo a qual a velocidade de queda de um corpo é proporcional a seu peso. Para Galileu, o peso não deveria ter qualquer influência na velocidade de queda. A comprovação seria simples: bastava jogar do alto da torre corpos com diferentes pesos e medir o tempo de queda. Há relatos na literatura de que bolas de 10 gramas e de 1 grama teriam sido lançadas, todas chegando ao solo ao mesmo tempo. Isso poderia ser facilmente observado se não houvesse a resistência do ar e outros fatores, como a forma e o material dos corpos lançados. Na verdade, a afirmação "todas chegando ao solo ao mesmo tempo" só seria rigorosamente verdadeira se a experiência fosse realizada no vácuo. torre de Pisa
Galileu vislumbrou uma alternativa ao experimento da torre de Pisa para investigar a relação entre o peso de um corpo e sua velocidade de queda. Esta alternativa constitui o oitavo experimento mais votado. Os experimentos sobre o movimento de corpos num plano inclinado são detalhadamente descritos por Galileu na sua famosa obra Discursos sobre duas novas ciências. plano inclinado

Bibliografia

  1. BASSALO, J.M.F. Crônicas da Física. Belém: Gráfica e Editora Universitária (1987).
  2. GALILEU GALILEI Duas novas ciências. São Paulo: Nova Stella Editorial.
  3. HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física, v. 1. Mecânica. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (1991).
  4. KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Rio de Janeiro: Forense Universitária (1991).
  5. LUCIE, P. Física básica 1. A gênese do método científico. Rio de Janeiro: Editora Campus (1977).
  6. THUILLIER, P. De Arquimedes a Einstein. A face oculta da invenção científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor (1994).

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Experimento da gota de óleo, realizada por Millikan

Além do papel desempenhado no contexto do desenvolvimento científico do início do século, o experimento da gota de óleo de Millikan desempenha hoje papel importante no ensino da física moderna; trata-se de um dos clássicos experimentos freqüentemente realizados nos laboratórios de física moderna.

Físico experimental reconhecidamente habilidoso, Millikan exerceu forte influência no desenvolvimento da ciência norte-americana, não apenas pela realização de pesquisa relevante, como também pela competência administrativa, conforme brevemente discutido a seguir. Entre todos os seus trabalhos, aqueles referentes ao experimento da gota de óleo e à comprovação da equação de Einstein para o efeito fotoelétrico apresentam significados especiais porque simbolizam o Prêmio Nobel ganho em 1923.

Com relação ao experimento da gota de óleo, há uma controvérsia quanto ao nível de participação do seu estudante Harvey Fletcher, que, em manuscrito postumamente publicado, sugere que Millikan o "convenceu" de que o primeiro trabalho da série deveria levar apenas a assinatura do "Chefe". Para "infelicidade" de Fletcher, esse foi o "paper" que ficou famoso.

O texto a seguir é baseado em artigo publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física (dos Santos, 1995), no qual é apresentada a versão de Fletcher, detalhando as etapas iniciais da construção do equipamento. Também é feita uma análise de como a questão é apresentada em outras fontes bibliográficas. A descrição de Fletcher reveste-se de importância porque, aparentemente, não há na literatura uma descrição tão detalhada dessa fase do trabalho de Millikan, nem mesmo apresentada pelo próprio.

Medida da carga do elétron: de Thomson a Millikan

Tendo como referências básicas o ensaio de Holton e o livro de Anderson, objetiva-se com esta seção apresentar uma breve descrição da evolução dos métodos baseados na câmara de bolhas, desde Thomson até Millikan.

Por volta de 1897, C.T.R. Wilson, um dos estudantes de Thomson, desenvolveu a sua famosa câmara de bolhas, ou câmara de nuvens, que permitiu o desenvolvimento de pesquisas revolucionárias na área da física moderna. O uso da câmara de Wilson para a determinação da carga do elétron fundamenta-se no fato de que íons gasosos servem como núcleos de condensação de vapor d’água. Em outras palavras, os íons são decorados por gotículas do vapor supersaturado. Os íons são produzidos com um feixe de raios X, ou com um feixe de raios gama emitidos por uma fonte radioativa.

Em 1851, Sir George Stokes mostrou que uma gota esférica, de raio a e densidade r, caindo sob a ação de um campo gravitacional g, num fluido uniforme de viscosidade h , atinge uma velocidade terminal uniforme dada por v = (2/9)(ga2r/h ). Sendo este movimento exatamente o mesmo daquele experimentado por cada gota ionizada na câmara de Wilson, Thomson usou a relação de Stokes para estimar o raio médio das gotículas. Não cabe aqui apresentar o trabalho de Thomson detalhadamente; ele é importante pela introdução da câmara de bolhas, e pelo uso da relação de Stokes, mas as dificuldades metodológicas imediatamente apontaram para a necessidade de aperfeiçoamentos. Para compreender essa necessidade e as motivações das tentativas seguintes, vejamos, mesmo que superficialmente, algumas etapas do método de Thomson. A carga total da nuvem de gotículas era medida com um eletrômetro, de modo que a carga de cada gotícula era obtida pela média; o número de gotículas era obtido através de um complicado processo de medidas e cálculos, começando pela medida da velocidade da nuvem e passando pelo uso da relação de Stokes. O melhor valor obtido por Thomson foi da ordem de 1.1x10-19 coulomb.

Em 1903, outro estudante de Thomson, H.A. Wilson, implementou duas novidades nesse método. A primeira foi a decisão de observar apenas a parte superior de cada nuvem, porque consistia de gotículas menores e que se deslocavam mais lentamente. A segunda e mais importante novidade, foi a introdução de um campo elétrico na mesma direção do campo gravitacional. O tratamento matemático desse método é apresentado no livro de Anderson, não cabendo aqui repeti-lo. Todavia, é interessante apresentar a expressão final para a carga do elétron, usada por Thomson e Wilson:


onde g é o módulo da aceleração gravitacional, E é o módulo do campo elétrico aplicado, Vx e Vg são, respectivamente, os módulos das velocidades terminais com e sem campo elétrico. A carga do elétron obtida com este método oscilava em torno de 1.04x10-19 coulomb.

Millikan e seu estudante Begeman iniciaram, em 1907, a repetição do experimento de H.A. Wilson. A seqüência de tentativas de Millikan é dividida em três etapas, cada uma caracterizada por um método. Esses métodos foram enumerados por Holton como Método I (essencialmente o método de Wilson), Método II (gota d’água isolada com alto campo elétrico) e Método III (gota de óleo).

Com o Método I eles obtiveram, para a carga do elétron, uma relação formalmente idêntica à de Thomson-Wilson, com valor médio em torno de 1.3x10-19 coulomb. Uma fonte de erro muito importante nos métodos baseados na câmara de bolhas foi destacada por Rutherford, segundo o qual, a dificuldade de se levar em consideração o efeito da evaporação das gotículas de água resultava em valores superestimados para o número de gotículas e, conseqüentemente, em valores subestimados para a carga do elétron. Portanto, o problema crucial era reduzir o efeito da evaporação. A idéia imediata de Millikan foi utilizar um forte campo elétrico (obtido com uma tensão da ordem de 10 kV) para imobilizar a camada superior da nuvem de gotículas ionizadas e com isso acompanhar seu processo de evaporação. Qual não foi sua surpresa quando, ao ligar a bateria, a nuvem se dissipou completa e imediatamente, ao invés de ficar imobilizada como ele estava esperando! Observações sucessivas levaram Millikan a descobrir que depois da "explosão" da nuvem, algumas minúsculas gotículas permaneciam, proporcionando, pela primeira vez, a observação de gotas individuais; estava nascendo o Método II, na classificação de Holton. Millikan parece ter ficado extasiado com o que viu; gotas que iniciavam o movimento, depois paravam, e às vezes invertiam a direção do movimento quando o campo elétrico era desligado e depois ligado. Com a obtenção de aproximadamente 1.56x10-19 coulomb para a carga do elétron, Millikan e Begeman deveriam ficar mais do que satisfeitos. Todavia, o problema da evaporação continuava. Tentativas para resolver este problema desembocaram no experimento da gota de óleo, descrito a seguir com base no artigo de Fletcher. Para concluir essa fase do trabalho de Millikan, é muito importante destacar o fato de que, com a colaboração de Begeman, ele chegou à conclusão de que os valores das cargas das diversas gotículas eram sempre múltiplos exatos da menor carga que eles haviam obtido. Portanto, o resultado fundamental de que existe uma carga elementar, a carga do elétron, foi obtido com o Método II. Conforme veremos a seguir, o Método III, um experimento conceitualmente simples e extraordinariamente bem conduzido, ratificou a conclusão anterior, a partir de dados experimentais mais confiáveis.

O Método III e a controvérsia Millikan-Fletcher

Em setembro de 1909, Fletcher procurou Millikan para saber se ele poderia lhe sugerir algum tema de pesquisa para sua tese de doutorado. Segundo Fletcher, Millikan era um homem muito ocupado, de modo que foi muito difícil marcar uma reunião com ele. Finalmente foi marcado um encontro num dos laboratórios onde Millikan trabalhava com Begeman. Naquele momento, o principal problema a ser resolvido era o da rápida evaporação das gotículas de água. Segundo Fletcher, ao longo das discussões que eles tiveram, mercúrio, óleo, e duas ou três outras substências foram sugeridas, mas nesse tipo de discussão não é fácil ter certeza de quem sugeriu o que. De qualquer forma, ele ficou com a impressão de que ele tinha feito a sugestão, por causa da facilidade de obtenção e de manuseio do óleo. Causou-lhe surpresa o fato de que Millikan afirmou na sua autobiografia que já vinha pensando nessa solução antes de discuti-la com Fletcher e Begeman. Na verdade, Millikan escreveu que havia pensado nessa solução quando retornava da conferência do Canadá. Quer tenha sido um, ou outro o proponente, o fato, segundo Fletcher, é que Millikan teria dito que ali estava sua tese, na escolha de uma substância que não evaporasse. Em seguida ele descreve os detalhes da montagem do experimento, mas não volta a discutir a questão da substância; aparentemente os resultados obtidos com o óleo de relógio foram tão bons que eles não se dispuseram a testar outros materiais.

O equipamento usado por Millikan e Begeman era razoavelmente bem acabado, de modo que Fletcher logo percebeu que levaria algum tempo para construir um semelhante. Todavia, o grau de excitamento era tal que ele resolveu fazer uma montagem rústica. Comprou um atomizador de perfume, um pouco de óleo de relógio e iniciou sua montagem. Na primeira montagem, realizada em apenas um dia de trabalho, Fletcher borrifou gotículas de óleo diretamente sobre a abertura da placa superior do condensador; não havia a câmara (C) apresentada na figura abaixo.

gota de oleo
Quando ele olhou pela primeira através do telescópio, ficou maravilhado com o que viu: o campo de visão da ocular cheio de pequenas estrelas com todas as cores do arco-íris. As gotas maiores desciam rapidamente, mas as menores permaneciam no ar durante quase um minuto, executando uma dança fascinante; ele estava tendo, pela primeira vez, uma espetacular visão do movimento Browniano. Durante a pulverização algumas gotículas de óleo ionizam-se por atrito, de modo que em seguida Fletcher pode observar o efeito do campo elétrico sobre elas, ligando as placas do condensador a uma bateria de 1000 volts. Imediatamente observou que algumas gotículas subiam lentamente, enquanto outras desciam rapidamente, um resultado lógico para quem sabia que algumas gotículas estavam positivamente carregadas, e outras negativamente. Ligando e desligando a bateria na freqüência adequada, ele conseguia selecionar uma gotícula e mantê-la no seu campo de visão por um longo tempo. Com algumas medidas e o tratamento matemático utilizado por Millikan e Begeman, Fletcher obteve, com seu rústico equipamento, resultados bastante razoáveis.

No dia seguinte, Millikan ficou muito surpreso quando soube que Fletcher tinha montado o equipamento e que este funcionava bem! Mais surpreso ficou quando, no laboratório, observou os belos fenômenos relatados acima. De acordo com Fletcher, Millikan ficou muito excitado, especialmente depois de aplicar o campo elétrico e perceber que o método seria capaz de fornecer um valor muito preciso para o valor de e. Imediatamente Millikan chamou o mecânico e encomendou uma montagem "profissional". Além dos outros componentes mostrados na montagem, foi acrescida uma fonte radioativa para aumentar a ionização das gotículas. O novo equipamento ficou pronto em uma semana, e depois de aproximadamente um mês de trabalho a imprensa já estava no laboratório em busca de informações sobre o revolucionário experimento. A publicidade foi enorme, e, na mesma medida, o excitamento de Fletcher; pela primeira vez o seu nome aparecia na imprensa, ao lado do nome de Millikan, e por várias vezes ele mostrou o experimento a personalidades importantes.

Na primavera de 1910, eles começaram a escrever um artigo para publicação. Segundo Fletcher, ele escreveu mais do que Millikan, principalmente no que se refere à modificação da lei de Stokes. Millikan contribuía principalmente fazendo correções de linguagem. Para Fletcher, aquele era um trabalho de parceria, assim como haveriam de ser os outros quatro artigos planejados. Todavia, em fins de junho, quando o artigo estava concluído, Millikan apareceu no apartamento de Fletcher, e, para sua surpresa, iniciou uma discussão genérica sobre utilização, como tese, de artigo publicado. Para Millikan, artigo usado em tese deveria ter a assinatura solitária do estudante. Fletcher logo percebeu que Millikan desejava ser o único autor do primeiro artigo: "Era óbvio que ele queria ser o único autor do primeiro artigo. Eu não queria isso, mas não via outra saída, de modo que eu concordei em usar o quinto artigo (...) como minha tese" Que Millikan estava certo do grande sucesso que adviria com a publicação daquele artigo, parece não haver dúvida; o que não se pode afirmar é que, em conseqüência disso, ele tenha planejado afastar Fletcher. Aparentemente, quando Millikan foi discutir a autoria com Fletcher, já se encontrava em andamento pelo menos a publicação de um resumo, com a sua assinatura.

Comentários finais

Os fatos, ou supostos fatos, aqui relatados constituem belo material para um exercício de especulação histórica. Para tanto, talvez seja conveniente estabelecer as relações triangulares Millikan-Begeman-Fletcher. De 1907 a setembro de 1909, Begeman trabalhou com Millikan no desenvolvimento dos Métodos I e II; em 1908, eles publicaram o primeiro artigo na Physical Review (vol. 26, p. 197) sobre resultados obtidos com o método I. Em 1910 Begeman publicou outro artigo, também na Physical Review (vol. 31, p. 45), mas, de acordo com Fletcher, ele já não trabalhava com Millikan. Por outro lado, em 9 de outubro de 1909 Millikan submete à Philosophical Magazine o primeiro trabalho sobre a gota isolada, sendo hoje considerado seu primeiro grande artigo; o segundo grande artigo foi justamente aquele publicado em Science, em 1910, o primeiro da série de artigos baseados nas medidas realizadas com Fletcher. Portanto, chama a atenção que os dois principais trabalhos de Millikan tenham sido publicados sem a participação dos respectivos estudantes, embora no texto o devido crédito seja dado aos colaboradores.

A propósito, Holton comenta que Millikan freqüentemente dava crédito à participação dos seus estudantes nos experimentos, e que as anotações nos cadernos do laboratório nem sempre eram de Millikan. Nesse sentido, seria interessante ter acesso aos cadernos de 1909, para verificar as etapas iniciais da montagem do equipamento, bem como o uso do óleo e outras substâncias. Infelizmente esses cadernos desapareceram!

BIBLIOGRAFIA

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  2. BASSALO, J.M.F. Crônicas da Física. Tomo 1 (1987), Tomo 2 (1990), Tomo 3 (1992), Tomo 4 (1994), Editora Universitária UFPA, Belém.
  3. DOS SANTOS, C.A. A participação de Fletcher no experimento da gota de óleo de Millikan. Revista Brasileira de Ensino de Física, 17 (1), 107-116 (1995).
  4. EPSTEIN, P.S. Rev. Mod. Phys. 20, 10-25 (1948).
  5. FLETCHER, H. Phys.Today, 35, 43-47, June (1982).
  6. GARDNER, M.B. Phys. Today, 34, 116, Oct (1981).
  7. HOLTON, G. The Scientific Imagination: Case Studies, Cambridge: Cambridge University Press, (1978). p. 39.
  8. KARGON, R.H. The rise of Robert Millikan, Ithaca: Cornell University Press, (1982). p.11.
  9. KUNRATH, J.I. Experiências que abalaram afísicaclássica, Porto Alegre: Instituto de Física da UFRGS (1993). Trata-se de uma série de roteiros para a disciplina Laboratório Avançado I, com breves revisões históricas.
  10. MILLIKAN, R.A. Phys. Rev. 8, 595-625 (1916).
  11. MILLIKAN, R.A. Phys. Rev. 7, 355-388 (1916).
  12. ROMER, A. The Phys. Teacher, 16, 78-85 (1978).
  13. SEGRÈ, E. From X-rays to quarks, New York: Freeman and Company, (1980). p. 190).
  14. ZUCKERMAN, H. Scientific elite, New York: The Free Press, (1977). p. 101

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Decomposição da luz solar com um prisma, realizada por Newton

O experimento da decomposição da luz solar, realizada por Newton, é extraordinariamente simples. Um prisma de vidro é suficiente. Como ilustra a figura abaixo, ao passar por um prisma, a luz solar, que é branca, se decompõe nas cores do arco-íris.

No caso do arco-íris, são as gotículas de água que fazem o papel do prisma.

prisma arco-iris

Newton demonstrou que combinando adequadamente dois ou mais prismas, é possível decompor e recompor a luz branca. A separação é possível porque cada cor tem um índice de refração diferente. Isto é, apresenta um desvio diferente quando passa de um meio (ar) para outro (vidro).

prisma

Bibliografia

  1. EISBERG, R.M., LERNER, L.S. Física. Fundamentos e Aplicações, v.4. São Paulo: McGraw-Hill (1983).
  2. HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física, v. 4.. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (1991).
  3. SEARS, F., ZEMANSKY, M.W., YOUNG, H.D. Física, v.4. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (1985).

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Experimento com a balança de torsão, realizada por Cavendish

Por volta de 1686, Isaac Newton chegou à conclusão que o movimento dos planetas e da lua, bem como dos corpos em queda livre, como uma maçã, poderia ser explicado pela sua lei da gravitação universal, cuja fórmula é

lei da Gravitação

Nesta equação, m e M representam as massas dos corpos, enquanto d representa a distância entre elas. G é uma constante, conhecida como constante gravitacional. Muita gente conhece a lei pela sua expressão literal: os corpos se atraem na razão direta dos produtos das suas massas e na razão inversa do quadrado da distância entre eles. É provável que Newton tenha estimado o valor de G a partir da aceleração gravitacional de corpos em queda livre.

Em 1797 (um século depois da lei de Newton), Henry Cavendish iniciou seus experimentos com a balança de torsão. Embora a história tenha consagrado seu nome em referência a este experimento, ele não foi o pioneiro. De acordo com Laurent Hodge, Cavendish credita John Michell pelo desenvolvimento do projeto. Não se sabe a data exata em que Michell construiu sua balança. No seu artigo, Cavendish (1798) diz que o projeto de Michell teve início "muitos anos atrás", mas ele não pôde concluí-lo antes da sua morte (1793). Numa nota de rodapé, Cavendish afirma que Michell havia-lhe descrito o equipamento antes de 1785, ano em que Charles Augustus Coulomb desenvolveu um equipamento similar para determinar sua famosa lei de interação entre cargas elétricas.

Portanto, não se sabe quem foi o pioneiro na invenção da balança de torsão. Costuma-se creditar Michell e Coulomb.

A balança de torsão

O esquema na figura ao lado foi extraído do excelente site The Physics Classroom and Mathsoft Engineering & Education, Inc..

Duas pequenas massas são fixadas nas pontas de uma barra suspensa por um fio. Essas pequenas massas podem se deslocar. Duas outras massas (bolas maiores) são mantidas fixas nas proximidades das massas menores. Inicialmente, a distância entre as massas é d. A força de interação gravitacional provocará um deslocamento da massa menor em direção à massa maior. Este deslocamento causará uma torsão no fio que sustenta a barra. A medida do ângulo de torsão permite a determinação da constante da gravitação universal (G), presente na lei da gravitação universal de Newton (veja equação acima).

balança de torsão

Bibliografia

  1. "'BICENTENARY of the CAVENDISCH EXPERIMENT' CONFERENCE", acessado em 7/dez/2002, em http://www.phys.lsu.edu/mog/mog13/node11.html
  2. FEYNMAN, R.P., LEIGHTON, R.B., SANDS, M. The Feynman lectures on physics, v. 1. Addison-Wesley (1969).
  3. HALLIDAY, D., RESNICK, R. Fundamentos de Física, v. 2. Ótica e Física Moderna. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos (1991).
  4. HODGES, L., "The Michell-Cavendish experiment", acessado em 7/dez/2002, em http://www.public.iastate.edu/~physics_221/Michell.htm
  5. SAETA, P.N. "The Cavendish Experiment", acessado em 7/dez/2002, em http://kossi.physics.hmc.edu/Courses/p23a/Experiments/Cavendish.html
  6. "THE CONTROVERSY over NEWTON'S GRAVITATIONAL CONSTANT", acessado em 7/dez/2002, em http://www.npl.washington.edu/eotwash/gconst.html
  7. THE PHYSICS CLASSROOM and MATHSOFT ENGINEERING & EDUCATION, Inc., "Lesson 3: Universal Gravitation", acessado em 7/dez/2002, em http://www.physicsclassroom.com/Class/circles/U6L3d.html

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Medida da circunferência da terra, realizada por Eratóstenes

A figura abaixo, extraída do site de Dennis P. Donovan, ilustra a engenhosa solução encontrada por Eratóstenes.

eratost01

Eratóstenes, um geógrafo Grego (276-194 BC), sabia que durante o solstício do verão, os raios solares atingiam perpendicularmente a superfície de Siena (Egito) ao meio-dia. Neste mesmo instante, a inclinação dos raios solares era de 7,2° em Alexandria. Sabendo que os raios solares chegam à terra paralelamente, e que a distância entre Siena e Alexandria é 787 km, Eratóstenes usou uma simples regra de três para calcular o perímetro da terra. Isto é

7,2 / 360 = 787 / X

Portanto, a circunferência da terra será X = 39350 km. Para se calcular o raio da terra, basta fazer X=2pR

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Espalhamento de Rutherford

O nono experimento mais belo da física é o espalhamento de partículas alfa, observado por Ernest Rutherford quando ele fez incidir um feixe dessas partículas sobre uma folha de ouro. A figura abaixo, extraída do site menloschool, ilustra o arranjo experimental.

rutherford

A surpresa do experimento foi que, ao invés de sofrerem pequenos desvios, muitas partículas apresentaram grandes desvios. Algumas até foram retroespalhadas. Mal comparando, é como se uma bala de revolver retornasse ao ser atirada contra uma folha de papel.

O resultado motivou Rutherford a propor, por volta de 1911, um modelo atômico alternativo ao de Thomson, até então considerado válido. O modelo de Thomson era conhecido como modelo do pudim de ameixa, porque consistia numa mistura de cargas positivas e negativas. As cargas negativas, o próprio Thomson havia descoberto em 1897, eram os elétrons, mas nada se sabia sobre a identidade das cargas positivas.

Rutherford propôs um modelo planetário, com um centro muito pequeno, onde se concentrava toda a carga positiva e praticamente toda a massa do átomo, em torno do qual orbitavam os elétrons. Esta idéia foi posteriormente desenvolvida por Bohr e resultou no que hoje se conhece como modelo de Bohr

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O Pêndulo de Foucault

Em 1600, Giordano Bruno foi condenado à fogueira pela Inquisição porque acreditava que a terra se movia em torno do seu eixo e em torno do sol. Trinta e três anos depois, Galileu Galilei só não teve o mesmo destino porque renunciou à sua convicção científica.

A dificuldade em confirmar a rotação da terra reside no fato de que se trata de uma rotação muito lenta (0,0007 rotações por minuto). Em 1851, o astrônomo francês Jean Bernard Leon Foucault realizou uma bela e simples experiência capaz de demonstrar a rotação da terra. Com uma corda de 67 metros, fixa no teto do Panteon de Paris, ele suspendeu uma esfera de ferro de 28 kg e imprimiu-lhe um movimento pendular.

pantheon

Na seqüência, o plano do pêndulo passou a apresentar uma lenta rotação no sentido horário. Este movimento foi facilmente explicado a partir da suposição de que a terra gira em torno de seu eixo.

terra

Este experimento ficou mais conhecido pelo nome do dispositivo usado, isto é, pelo pêndulo de Foucault, tendo sido considerado, pelos leitores da revista Physics World, o décimo mais belo experimento da física.

Agradecimentos

Aos sites da uoguelph e da unsw, pelo uso das figuras acima.

Para saber mais:

Excelente site de Joe Wolfe.

Movimento de um pendulo no polo sul.

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Foguete com extintor de incêndio
http://br.geocities.com/saladefisica10/experimentos/e78a.jpg

Consiga um extintor de incêndio. Peça para um estudante pequeno se sentar no skate e aperte o gatilho. O estudante acelerará pelo chão. Observe a segunda parada para que o estudante não bata na parede. Por que o skate acelera?
Observação: No lugar do skate você pode construir um carrinho com rolamentos que acomode melhor uma pessoa. Não tente este experimento sem o acompanhamento de um adulto.

www.saladefisica.cjb.net

ÍNDICE EXPERIMENTOS

ÍNDICE GERAL

1

quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Editores que usam um servidor de correio eletrônico empresarial a partir de casa ou telecommuting desde uma conexão de internet DSL ou a cabo, serão provavelmente identificados com mais facilidade através de seus endereços IP; nesse caso, será, talvez, mais fácil de se proceder ao cruzamento das informações e identificar todas as contribuições para vários projetos feitos a partir do IP específico. Utilizar um nome de usuário é a melhor maneira de preservar a privacidade nesta situação.
Usuários registrados não logados e usuários não-registrados:
Editores que não estejam logados podem ser identificados por endereços IP de rede. Dependendo de cada conexão, este endereço IP pode conduzir a um provedor de Internet ou, mais especificamente, até uma escola, local de trabalho ou residência. Pode ser possível utilizar esta informação em combinação com outras, incluindo padrões e estilos de edição ou preferências, para identificar um autor completamente.

Discussões
Em páginas de discussão da wiki:
Qualquer página editável pode ser teoricamente o local para uma discussão. Em geral, discussões dobre projetos da Fundação ocorrem em páginas de discussão de usuários (associadas a usuários particulares), em páginas de discussão de artigos (associadas a artigos específicos) ou em páginas especialmente designadas para funcionar como fóruns (por exemplo, a Esplanada). Expectações de privacidade aplicam-se a páginas de discussão do mesmo modo que em outros locais.
Via e-mail:
Usuários não são obrigados a listar um endereço de e-mail quando se registram. Usuários que forneçam um e-mail válido podem permitir que outros usuários logados enviem-lhes e-mail através da wiki. Quando receberem um e-mail de outros usuários através deste sistema, o endereço de e-mail não lhes é revelado. Quando decidirem encaminhar e-mail para outros usuários, o seu endereço eletrônico é mostrado como o remetente.
O endereço de e-mail adicionado às preferências de usuário pode ser utilizado pela Fundação para comunicação. Usuários cujas contas não tenham um endereço de e-mail válido não serão capazes de recuperar a senha em caso de perda. Numa situação dessas, usuários podem contactar um administrador dos servidores Wikimedia para adicionar um novo endereço de e-mail. Um usuário pode remover o endereço de e-mail da conta a partir das suas prefências a qualquer altura para prevenir que seja usada. Correspondência privada entre usuários pode ser guardada à discrição dos usuários e não está sujeita à política da Fundação Wikimedia.
Em mailing lists:
Os endereços de e-mail usados para subscrever e enviar mensagens para mailing lists do projeto serão expostos a outros subscritores. Os arquivos destas mailing lists são públicos, e buscas nos arquivos públicos podem ser realizadas através da Web. Os endereços de subscritores podem também ser citados em mensagens de outros usuários. Estes endereços de e-mail e quaisquer mensagens enviadas a uma mailing list podem ser arquivadas e permanecer disponíveis para o público permanentemente.
Via OTRS:
Alguns endereços de e-mail (tais como info-en@wikimedia.org) reencaminham mensagens para uma equipe de voluntários confiados pela Fundação a usar um sistema, tal como o OTRS, destinado a respostas de solicitações. O conteúdo submetido a este sistema não é visível publicamente, mas voluntários selecionados pela Fundação terão acesso a ele. A equipe responsável pelo sistema poderá discutir o conteúdo de correio recebido com outros contribuidores de modo a responder eficazmente. Os e-mails enviados a endereços privados de membros do Conselho Diretivo (Board of Trustees) e funcionários da Fundação podem também ser reenviados para a equipe OTRS. Estas mensagens e endereços de correio eletrónico podem ser salvas por membros da equipa OTRS e por qualquer serviço de email usado por eles, a pode permanecer disponível a eles.
No IRC:
Canais de IRC não fazem parte oficialmente da Fundação Wikimedia e não são operados em servidores controlados pela Wikimedia. Os endereços IP dos utilizadores que conversam por serviços destes podem ser expostos a outros participantes. A privacidade de utilizadores de IRC em cada canal só pode ser protegida de acordo com as políticas do respectivo serviço e canal. Canais diferentes podem ter políticas diferentes acerca da possibiliddae de divulgação dos registros.

Acesso e libertação de informação pessoalmente identificável
Acesso
Os projetos são primariamente geridos por voluntários. Alguns usuários dedicados são escolhidos pela comunidade para terem acesso priveligiado. Por exemplo: na Wikipédia anglófona, os níveis de acesso conferidos a usuários são determinados pela presença e vários 'grupos de utilizadores'. Os direitos dos grupos de usuários e membros dos grupos podem ser alcançados em qualquer projeto a partir da página Special:ListGroupRights. Outros usuários podem acessar a informação identificável privada incluindo, mas não se limitando a, usuários com acesso OTRS, ou às funções de CheckUser e Oversight, usuários eleitos por comunidades do projeto para atuarem como stewards ou árbitros, empregados, membros do Conselho Diretivo (trustees), nomeados, contratados e agentes empregados pela Fundação Wikimedia, e desenvolvedores e outros com níveis mais elevados de acesso a servidores.
O acesso e a publicação desta informação são geridos pela política de acesso a dados não-públicos, assim com a políticas específicas acerca de algumas das funções em questão. Partilhar informação com outros usuários privilegiados não é considerado "distribuição".
Liberação
Política sobre liberação de dados
É política da Wikimedia que dados pessoalmente identificados recolhidos nos registros dos servidores, ou através de outros métodos não disponíveis publicamente, possam ser divulgados por voluntários ou empregados da Wikimedia, em qualquer destas situações:
Em resposta a um mandado, ou outro pedido compulsório do sistema judicial, válido;
Com autorização do usuário afetado,
Quando necessário para investigação de queixas de abuso,
Quando a informação se relaciona com visitas a páginas geradas por um "spide" ou "bot" e a sua disseminação é necessária para ilustrar ou resolver questões técnicas,
Quando o usuário vandaliza artigos com frequência ou atua persistentemente de um modo perturbador, os dados podem ser liberados para um provedor de serviços, ou outra entidade para assistir no bloqueio de IPs, ou para assistir na formulação de uma queixa para ISPs relevantes,
Quando seja razoavelmente necessário para proteger os direitos, propriedade ou segurança da Fundação Wikimedia, ou os seus usuários e o público.
Excetuando-se as situações descritas acima, a política de Wikimedia é de não permitir a distribuição de informação pessoalmente identificável sob quaisquer circunstâncias.
Acesso por terceiros e notificação de usuários registrados quando recebem processos legais:
Como princípio geral, o acesso e a retenção de dados pessoalmente identificáveis em todos os projetos devem ser mínimos e empregados apenas internamente para servir ao bem-estar dos projetos. Ocasionalmente, contudo, a Fundação pode receber um mandado ou outra solicitação compulsória de agentes da autoridade ou tribunal ou corpo governamental equivalente que requeira a divulgação de informação sobre um usuário registrado, e pode ser compelida por lei a cumprir com o pedido. Se tal pedido legal compulsório surgir, a Fundação tentará notificar o usuário afetado dentro de três dias úteis após a recepção de tal mandado, enviando uma notificação por e-mail ao endereço (se existir) que o usuário afetado listou nas suas preferências.
A Fundação não pode aconselhar um usuário que receba uma destas notificações sobre a lei ou uma resposta apropriada a um mandado. A Fundação nota, todavia, que tais usuários podem ter o direito legal de resistir ou limitar essa informação em tribunal requerendo a revogação do mandado.
Usuários que se oponham a um mandado ou outros pedidos compulsórios devem procurar aconselhamento legal relativamente a direitos e procedimentos aplicáveis e disponíveis.
Se a Fundação receber um requerimento submetido a tribunal para revogar ou, de qualquer outra maneira, limitar o mandado como resultado da ação de um usuário ou de seu advogado, a Fundação não divulgará a informação pedida até que a Wikimedia receba uma ordem do tribunal para o fazer.
Usuários registrados não são obrigados a fornecer um endereço de e-mail para contato. Contudo, quando um usuário registrado afetado não o fornecer, a Fundação não o poderá notificar por mensagens eletrônicas privadas ao receber pedidos judiciais para divulgar informação pessoalmente identificável sobre o usuário.

Aviso
A Fundação Wikimedia acredita que manter e preservar a privacidade dos dados dos usuários é um valor importante. Esta política de privacidade, juntamente com outras políticas, resoluções e ações pela Fundação, representa um esforço para salvaguardar a segurança da pouca informação sobre usuários que é recolhida e mantida nos nossos servidores. No entanto, a Fundação não pode garantir que esta informação permaneça privada. Nós reconhecemos que, apesar dos nossos esforços para proteger as informações privadas dos usuários, determinados indivíduos podem desenvolver métodos para descobrir estas informações e as divulgar. Por esta razão, a Fundação não pode garantir contra acesso não-autorizado a informação fornecida no curso da participação em projetos da Fundação e comunidades relacionadas.
A língua portuguesa, com mais de 240 milhões de falantes[8], é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. É o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo também falada nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana.
A situação da Galiza e do galego em relação ao português é controversa. De um ponto de vista político e, portanto, oficial, o galego é uma língua porque assim o determinam os organismos de Estado espanhol e da Região Autónoma da Galiza, com legitimidade democrática. De um ponto de vista científico, a ideia de que o galego é uma variedade dialectal da língua portuguesa — e viceversa — reúne hoje um vasto consenso, sendo estudado a par com as restantes variedades do português nas universidades e centros de investigação linguística. Ver o artigo Língua galega.
A língua portuguesa é uma língua românica (do grupo ibero-românico), tal como o castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros.
Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento actual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes), situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.
Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas), "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac[9]). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[10]
Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas Africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.